domingo, 28 de outubro de 2007

O Vento...


... chega e leva não-sei-o-que para não-sei-aonde.
Ele tira de mim sabe-se-lá-o-que e leva para sabe-se-lá-quem.
Começo a sentir falta daquilo-sem-nome.
De mim?
Eu, sem nome?
Eu-sem-nome.
Eu-sem-mim.
Eu-sem-alguém.
Eu-com-ninguém.

Um comentário:

Marïana disse...

Ai Rá!
Esses dias atrás pensei tanto em você!Comprei umas pulseiras de semente de açai no bazar da igreja e tinha uma verde,mas não qualquer verde sabe,um verde-rá!
Lembrei que você usava uma né!E lembrei também que faz 2 anos que estudamos juntas.E depois tomamos nossos caminhos por ai.Mas seu eu tivesse que responder,diria que valeu a pena galois,por causa de pessoas como você!
Sinto falta dos caderninhos e das suas idéias e livros e músicas da hd.(até das musicas!)e das historias de putaria e os desenhos.
Por favor não esquece de mim Rá!
E pra terminar vou deixar esse poema do Quintana pra você:


Uma alegria para sempre

"As coisas que não conseguem ser
olvidadas continuam acontecendo.
Sentimo-las como da primeira vez,
sentimo-las fora do tempo,
nesse mundo do sempre onde as
datas não datam. Só no mundo do nunca
existem lápides... Que importa se –
depois de tudo – tenha "ela" partido,
casado, mudado, sumido, esquecido,
enganado, ou que quer que te haja
feito, em suma? Tiveste uma parte da
sua vida que foi só tua e, esta, ela
jamais a poderá passar de ti para ninguém.
Há bens inalienáveis, há certos momentos que,
ao contrário do que pensas,
fazem parte da tua vida presente
e não do teu passado. E abrem-se no teu
sorriso mesmo quando, deslembrado deles,
estiveres sorrindo a outras coisas.
Ah, nem queiras saber o quanto
deves à ingrata criatura...
A thing of beauty is a joy for ever
disse, há cento e muitos anos, um poeta
inglês que não conseguiu morrer."

Mário Quintana