Amélia não guarda suas coisas só para ela. Ela as projeta em um pedaço de papel.É incrível como seus pensamentos saem de sua cabeça e passam para a folha. A sinapse é curta e a propagação é rápida. É como uma pessoa que fala sem pensar. Amélia escreve sem sentir. Amélia escreve sem sentir que está escrevendo e só se dá conta quando sua mão já está dolorida e seu calo do dedo, latejando. Mas não faz mal, o lápis e o papel são seus únicos confidentes; ela precisa extravasar.Percebe a folha do seu diário molhada "o que está acontecendo?". Passa a mão no rosto "ah, estou chorando; mas por quê?".
Amélia começa a ler o que escreveu e, além do choro des-despercebido, começa a soluçar compulsivamente. Isso tem de parar.
"Mas... por quê?"
domingo, 2 de setembro de 2007
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Um comentário:
ahn,é tão intenso quando o sentimento vem assim, despercebido...
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